Essa aconteceu comigo algum tempo atrás.
Em uma noite dessas, depois de um dia de trabalho, banho tomado, estava sentado na poltrona em frente à TV lendo o jornal ou alguma revista, não lembro bem.
No sofá ao lado estava sentado o meu filho de 8 anos brincando com alguma coisa nas mãos e olhando de soslaio, de quando em quando, o que se passava na TV.
Entretido que estava com minhas leituras não prestei atenção ao que passava na tela.
Iniciou-se o diálogo que transcrevo abaixo:
- Pai! Posso te perguntar uma coisa?
- Claro meu filho, o que gostaria de perguntar? Respondo sem prestar atenção enquanto continuo a minha leitura.
- Por que fico com o tico duro quando vejo mulher com pouca roupa ou se beijando na TV?
- !!!!!!!!!. "Ai Jesus!!!!"penso.
O meu coração pára por alguns instantes, a respiração acelera e sirenes começam a tocar na minha cabeça...
Permaneço mudo, calado, suando frio, fingindo não ter ouvido a pergunta e torcendo para que ele não a repita...
Essa técnica aprendi em um dos livros de educação infantil do Adolfo H., acho que foi o "Criança com perguntas difíceis? A técnica da mordaça no dia a dia".
-Por que pai? diz ele sem olhar para mim enquanto manuseia o brinquedo.
Pensei comigo, "criança é f... né pessoal!! PQP!".
-Por que o quê? pergunto de forma impaciente, gaguejando enquanto tento ganhar tempo para pensar em uma resposta satisfatória e que não me complique...
-Por que fico de tico duro.... repetiu ele com toda tranqüilidade e ingenuidade como se fosse a pergunta mais simples do mundo.
Sem ter como me esquivar mais e com o dever de dar uma resposta apropriada nesse caso, respirei fundo, tentando manter a calma. Procurei me concentrar para lembrar dos ensinamentos do mestre no seu livro...
Alguns instantes se passaram (diria que uma eternidade), e ele ali na frente me encarando com cara de santo ("ele tá querendo me sacanear", pensei) esperando uma resposta.
- Também não sei meu filho. Vai na cozinha e pergunta pra tua mãe!!!!!!!!!!! disse, despejando o mais depressa possível todas essas palavras, voltando os olhos para o jornal e aliviado com a resposta dada (a mais apropriada, diga-se de passagem)...
Lá foi meu filho contente para cozinha perguntar para a mãe... E eu a secar o suor frio que cobria o meu rosto... (PQP!!!!)
Espero que o relato acima sirva aos jovens papais na educação de seus jovens e perguntadores filhos (porque toda criança é tão curiosa e faz perguntas difíceis!!!?).
E que as mamães eduquem melhor os seus filhos para que nós papais não tenhamos que ficar respondendo a essas perguntas difíceis...
O manual com o método prussiano de educação encontra-se nas melhores livrarias para quem interessar possa.
THE CLOVERFIELD PARADOX
Há 6 anos
5 comentários:
sensacional!!!!!
ACho que a Lúcia leu este livro tb. Em breve discorrerei no meu blog sobre experiencia semelhante com minha filha.
Adorei tb, hehehe!
Cara, teu filhote já tá com 8 anos, putz!!! PARABÉNS, hehe! :O)
hehehehehe
Muito bom o texto!!!
A Cris mandou te perguntar o que foi que a neca respondeu,ja que ela tá com a tua afilhada no colo e não pode teclar.
Sabe que eu não sei Jeronimo...
Vou perguntar pra ela...
Hehehehe.
Abç
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